Um primeiro passo das atividades em campo no Espírito Santo, com resultados que já marcam nossa trajetória e das escolas que receberam as oficinas práticas do IBS!
Sendo abraçados por todo o afeto e acolhimento das escolas de Conceição da Barra e Linhares, a equipe IBS esteve em mais uma semana intensa de atividades do Plano Bienal Brasil Solidário, realizado entre os dias 12 e 17 de setembro, que recebia um sotaque diferente em nosso histórico, mas que mostrou o mesmo engajamento e sede de aprendizado que acompanhamos nas escolas que abrem as portas para inovar com arte, cultura, leitura e cidadania sendo trabalhadas de forma transversal em sala de aula.
O projeto chega na região através da parceria com a Seacrest Petróleo, que possui atuação nessas regiões e tem investido nas ações e projetos IBS para levar as escolas locais uma proposta integrada de desenvolvimento da educação e impacto social para a comunidade.
As formações ofertadas de forma gratuita, mobilizaram vagas para educadores de todas as escolas da rede pública de ensino dos municípios atendidos, envolvendo desde atividades de Teatro de Bonecos, Artes Cênicas, Patchworck, Pintura e Desenho, Fotografia, Música, até uma capacitação em Mediação de Leitura com construção de espaços literário. Cada município recebeu a doação de um acervo de 1000 livros, além de 3 máquinas fotográficas para a continuidade das ações de Educomunicação trabalhadas durante as oficinas.
Comunidade escolar engajada e resultados estampados pelas mãos dos próprios alunos nas atividades em Conceição da Barra
Sorrisos e olhos atentos numa quadra ocupada em todos os espaços, com direito a mesa de abertura junto aos gestores locais e apresentações da própria comunidade dando às boas-vindas a equipe IBS!
A abertura da semana de atividades no Espírito Santo, contou com uma acolhida calorosa dos alunos e educadores da Escola Astrogildo Carneiro Setúbal, mostrando todo o empenho e dedicação da comunidade escolar para o planejamento das oficinas práticas do IBS. Nas portas de cada oficina, o capricho nos detalhes desde a sinalização das atividades até a preparação das salas, já apontava para o resultado de mobilização e inovação das propostas pedagógicas, que foram acompanhadas durante toda a programação, realizada entre os dias 12 e 14 de setembro, envolvendo os 316 alunos dos anos iniciais e finais da escola.
Segundo a Secretária de Educação de Conceição da Barra, Cristiane Sena, a metodologia vista nas oficinas, foi o grande diferencial que resultou no engajamento de toda a comunidade escolar, aproximando alunos e educadores de práticas que podem ser replicadas não só dentro de sala de aula e que estão alinhadas ao cotidiano da comunidade.
“A metodologia dessas oficinas, aponta vários caminhos para inovarmos na sala de aula. A gente sai da narrativa e traz para a prática o protagonismo dos alunos, incluindo questões do dia a dia desses estudantes para dentro da escola. São ideias simples, que eles não tinham nenhuma perspectiva e que provoca além da transformação do próprio material, utilizando o reciclado como arte, uma transformação no olhar dos estudantes, de si mesmo, de seu aprendizado, e acima de tudo, envolvendo essa troca entre aluno e professor, um intercâmbio de conhecimento muito importante e rico no desenvolvimento pedagógico”, destacou Cristiane, que já planeja uma multiplicação das propostas em outras escolas do município.
O jeito novo de perceber a prática da leitura e da mediação com os alunos, superou as expectativas da educadora Aldiceia Santos, que leciona Língua Portuguesa na Escola Jorge Donatti. “Eu cheguei em casa ontem comentando o quanto eu tenho aprendido aqui na oficina, e eu já estou na educação há mais de 20 anos, e nessas aulas, conheci várias práticas diferentes que vou com certeza levar para meus alunos, são coisas simples que podemos trabalhar aproveitando o espaço que já temos. Eu já consigo visualizar a leitura compartilhada com outras técnicas, a produção textual, as ideias para expor o trabalho dos alunos como o varal da leitura, são diversas propostas maravilhosas”, ressaltou a educadora.
A surpresa de um dia inteiro de atividade na escola, com entusiasmo e diversão dentro das propostas de arte e cultura, trouxe também uma outra perspectiva para o estudante Ângelo Gabriel Santos, de 13 anos, da Escola Astrogildo Carneiro Setúbal. “Eu pensei que ia ser chato passar o dia todo na escola, que ia cansar muito, mas valeu muito a pena, estou vindo todos os dias manhã e tarde e estou adorando, eu já toco bateria e agora estou pensando em aproveitar o pandeiro, achei muito legal a oficina de música, queria que tivesse mais atividades assim na escola”, enfatizou o estudante que cursa o 7º ano na escola.
Para a estudante Thalita Estevão, de 13 anos, as atividades ajudam até mesmo no emocional. “Eu sempre gostei de costura, artesanato, já fiz até curso, por isso escolhi a oficina de Patchwork, e estou achando maravilhosa. Eu nunca tinha trabalhado com feltro, só com tecido, e achei uma experiência incrível conhecer essa prática aqui na minha escola, eu vejo que ajuda até o nosso psicológico, acalma bastante a alma, eu quero usar as técnicas do retalho e do reaproveitamento de materiais também na minha casa e com a minha família”, destacou Thalita, que cursa o 8º ano na escola Astrogildo Carneiro Setúbal.
Protagonismo e valorização da arte e cultura regional marcaram as atividades em Linhares (ES)
A história da comunidade marcada em todas as oficinas práticas, com desenhos, fotografia, pintura no muro da escola e até mesmo música autoral dos alunos retratando suas vivências e a cultura local!
Não faltou criatividade, protagonismo e talento em todos os cantinhos da Escola Urbana Penha Costa, durante as ações promovidas entre os dias 15 e 17 de setembro, mobilizando os 383 alunos de anos iniciais e finais da escola. Com uma cultura pulsante com traços marcados pela pesca, pelo trabalho rural, com características muito próprias de quem mora e vive na comunidade de Povoação, os alunos e educadores que participaram das formações estamparam suas raízes nas mais diversas expressões e oportunidades que as oficinas proporcionaram.
O engajamento e motivação dos alunos em participarem de todo o processo de produção, exposição e criação dentro das oficinas, foi uma fala comum registrada a cada conversa com os professores. “Estou surpresa e encantada com o impacto dessas ações em nossos alunos, é muito legal ver eles participando, colocando a mão na massa e até aqueles alunos que tem dificuldade, principalmente com relação ao comportamento, não estamos tendo nenhum problema, estão todos muito envolvidos, é até emocionante falar, eu acho que vai ser como uma semente plantada muito importante, de pertencimento a escola, e era algo que eles precisavam após todo esse período de pandemia”, destacou a professora de Artes da Escola Urbana Penha Costa, Aline Gomes, que participou da formação de Oficinas Criativas.
No pátio tomado pelas cores que já se espalhavam nas paredes da escola, era possível acompanhar os estudantes ornamentando os espaços verdes, a turma de fotografia registrando todo o movimento e ainda os alunos da oficina de música, concentrados e inclinados nas composições que estavam sendo produzidas para a apresentação final de encerramento. “Eu estou muito orgulhosa de mim, fiz até uma música que estou ansiosa para apresentar, nós aprendemos coisas que a gente nem imaginava, posso dizer que foi a melhor experiência da minha vida”, compartilhou a estudante Ana Júlia Ramos, que curso o 8º ano na Escola Urbana Penha Costa.
Para a estudante Yasmin Floro, de 15 anos, a oficina foi uma descoberta inesperada sobre o impacto que as atividades de comunicação e fotografia podem representar não só na escola, mas em toda a comunidade. “Eu gostei muito de entender como a fotografia é capaz de mudar uma realidade, como pode impactar a vida das pessoas, as expressões que registramos, cada um tem uma interpretação diferente e isso é único de cada fotógrafo, mesmo sendo tão novos, eu já vejo os meus amigos melhorando esse olhar, sem contar que foi incrível chegar na escola e ver todo esse movimento, é uma sensação libertadora, tivemos a oportunidade de interagir com outras pessoas, outras formas de pensar, faixas etárias diferentes, ver todos engajados num único propósito, está sendo uma experiência maravilhosa”, ressaltou a estudante que está no 9º ano da Escola Urbana Penha Costa.
DEPOIMENTO SEACREST
Fabiano Ramos – Sócio e Conselheiro da Seacrest
“Foi uma experiência fantástica ver as crianças super engajadas, mostra que educação e aprendizado pode sim ser divertido, é bem interessante vermos esses alunos de vários tipos diferentes de capacidade intelectual, de todas as idades, mostrando o seu potencial com tantas oportunidades. Eu saio daqui com a certeza absoluta de que esse projeto é a semente para um projeto maior que vamos continuar fomentando no Espírito Santo, de educação continuada, e de melhoria do IDH, principalmente, nessa região norte, que é muito carente dessas propostas de desenvolvimento social”.
Mais informações:
Gabriela Martins – Assessora de Comunicação do Instituto Brasil Solidário
Telefone: (85) 9 99227266