“Atendendo as principais necessidades apontadas pelos próprios moradores, o projeto de desenvolvimento territorial pretende levar ações estruturantes nas linhas de educação e economia solidária com capacitações variadas e intervenções chave em infraestrutura na comunidade”
Sustentabilidade, Educação, Saúde, Arte e Empreendedorismo! Com ações que pretendem alcançar os principais eixos que possibilitam o crescimento social e econômico das comunidades locais, a Echoenergia, em parceria com o Instituto Brasil Solidário, dão início a um novo projeto desenvolvido a várias mãos, com participação e diálogo com gestores locais, moradores, estudantes e educadores do município de Tianguá e Ubajara, no Ceará. Após meses de levantamento e trabalho em campo, principalmente nas regiões mais próximas do Complexo Eólico já instalado no município, as ações integradas no âmbito da educação e economia solidária, planeja ser uma porta para grandes oportunidades que ressaltam os potenciais já característicos da região.
Espaços coletivos e planejados com uso de energia solar, incluindo a construção de um galpão para a realização de formações em marcenaria e corte-costura, seminários em rede municipal e atendimentos de saúde, além de um projeto inovador de capacitação e construção de tanques para a prática de piscicultura e aquaponia, são só algumas das atividades já previstas para início de obras ainda este ano, no Assentamento Valparaíso, em Tianguá.
As escolas da comunidade, receberão também um calendário de formações com atividades em educação ambiental, incentivo à leitura, oficinas de teatro e radio escolar e todo o apoio de materiais e estrutura para o implemento pedagógico nas aulas, incluindo a construção de uma biblioteca mobiliada, novas salas de aula e parquinhos para os alunos. Para a comunidade, foram elaboradas ainda atividades que dialogassem com a cultura e a demanda natural do próprio município, como um curso para Guias do Parque Nacional de Ubajara, construção de viveiros e implementação do projeto LEVE nas escolas, que incentiva a coleta seletiva por meio da participação de alunos e famílias.
Segundo o Presidente do Instituto Brasil Solidário, a instituição que já tem experiência com projetos junto a empresas de energia e mineração, e entende sobre a importância de uma iniciativa que envolva, em todos os processos, uma construção coletiva de planejamento das atividades, de forma que os moradores e poder público se sintam representados e com autonomia para dar continuidade as ações.
“O instituto tem uma longa trajetória de atuação em projetos que trabalham com o intuito de formar agentes multiplicadores, que acreditam na proposta de mudança social e querem o melhor para a sua comunidade, e dentro desse compromisso, nós também sabemos que qualquer formação no eixo educacional precisa de dedicação e tempo para se alcançar o melhor resultado. Esse será um projeto de 18 meses iniciais, e dentro dessa responsabilidade, nós queremos não só levar toda a bagagem que já temos nos projetos de educação, mas criar mais um modelo de desenvolvimento territorial capaz de ser escalonado. ”, ressalta Salvatore.
O compromisso com a responsabilidade social respeitando principalmente o cuidado com o meio ambiente e comunidades, foram algumas das afinidades que permitiram a construção da parceria da Echoenergia e o Instituto Brasil Solidário. Para a realização do projeto, foi desenvolvido inicialmente um sólido relatório sócio ambiental, que permite monitorar o impacto de todas as atividades, além de processos de avaliação de impacto. O recurso está sendo financiado através do subcrédito social do BNDES, com pretensão de entrega da maior parte estrutural e capacitações até o final de 2018.
“A Echoenergia é uma empresa recente, e que se coloca no mercado com um compromisso muito forte de respeito ao meio ambiente e junto as comunidades que estão no território onde atuamos. Mas, para conseguirmos uma ação efetiva e participativa, não adianta que seja construído de fora, por isso, estamos priorizando nesse projeto ações que respeitem os potenciais da região e que construam um caminho de crescimento junto com as necessidades reais da comunidade”, enfatiza Flávia Montoni, Social Manager, gerente de responsabilidade sócio ambiental da Echoenergia.
Fundada no início de 2017, a Echoenergia é uma empresa que desenvolve, implementa e opera projetos de geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis. A empresa tem sede administrativa em São Paulo e atividades operacionais distribuídas nos estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia. Nas terras cearenses, a empresa possui as operações comerciais do Complexo Eólico Ventos de Tianguá, desde abril deste ano. Localizado na Serra da Ibiapaba, o empreendimento conta com cinco parques eólicos, 77 aerogeradores e uma capacidade instalada total de 130 MW, que cobre uma área de 9.000 hectares.
Economia Solidária
Dentro da proposta de geração de renda e ações de economia solidária, o Assentamento Valparaíso, localizado a 5 km do Parque Eólico de Tianguá, será contemplado no projeto com várias ações que envolvem mudanças estruturais e de melhoria para os moradores da região. Entre eles, um espaço dedicado a prática de piscicultura, com módulos de formações e toda a estrutura de um sistema autossustentável. Apesar do baixo consumo de água da proposta, o projeto integrou a instalação de um poço profundo de 80 metros, além da instalação de placas solares, capazes de garantir energia para a piscicultura e as demais ações de economia solidária.
Com instalação de 4 tanques, o modelo inovador de cultivo de peixes em cativeiro, terá capacidade de produção de até 1.700 kg de tilápia por ciclo mensal, incluindo um sistema de reaproveitamento da água e dos rejeitos aquícolas, que serão direcionados para uma horta aquaponica. Na prática, funciona como uma produção integrada de peixes e vegetais em sistema de recirculação de água, ou seja, os peixes sujam a água para as plantas que, por sua vez, limpam a água para os peixes.
Outra iniciativa que deve movimentar as oportunidades de renda extra para a comunidade, serão as formações em costura e mobiliários em pallets, que além das capacitações, receberá um galpão com um espaço coletivo personalizado, incluindo equipamentos e estrutura para a continuidade das duas atividades. As ações foram solicitadas pelos próprios moradores, devido ao fácil acesso a matéria prima para os mobiliários e a demanda que permite comercializar tanto dentro da comunidade, como para o poder público local.
Prateleiras, banquetas com estofados e produção de fantoches nos cursos de corte e costura também serão fundamentais para atender uma necessidade direcionada dentro das atividades de incentivo à leitura nas escolas beneficiadas pelo projeto. Nas formações educacionais, todo esse material será utilizado como parte do planejamento de melhoria nos espaços dentro e fora de sala de aula.
Para Marizete José da Silva, uma das líderes da Associação de Moradores de Valparaíso, o projeto está sendo recebido com grande expectativa, principalmente pelo trabalho junto à comunidade, onde todas as atividades foram consultadas e aprovadas por moradores e educadores da região.
“A comunidade está bem empolgada para dar início as atividades, acho que essa questão de ter conversado antes de trazer um projeto já pronto, nos dá mais certeza de que será bem recebido, algumas ações são sonhos antigos dos moradores, como a Piscicultura, que até tentamos, mas não tínhamos condições nem a capacitação adequada, então estamos animados para a implantação, também por ter a questão do plantio que vai agregar para as mulheres aqui da região, outra ação muito esperada está sendo a biblioteca que com certeza vai ajudar muito o ensino aprendizagem da escola agrícola”, disse Marizete.
Educação
No eixo voltado para a melhoria nas formações educacionais em âmbito municipal e de estrutura das escolas locais, o projeto abrange oficinas e instalações que vão beneficiar não só o processo didático para alunos e educadores, mas ações de saúde e educação ambiental que terá impacto direto em toda a comunidade.
As ações serão divididas em grandes eixos temáticos como: incentivo à leitura, educação ambiental, cidadania, gestão pública, trabalho artístico com uso do grafite, qualificação profissional, prevenção e saúde, incluindo um trabalho de prevenção e higiene da saúde bucal, com cerca de 100 atendimentos odontológicos, no Assentamento Valparaíso.
O projeto prevê ainda a construção de uma biblioteca com aquisição de livros e quiosque de leitura, além de duas novas salas de aula, brinquedoteca e dois parquinhos que serão instalados nas Escolas Família Agrícola de Ensino Fundamental Antônia Suzete de Olivindo da Silva e Francisco Nemesio Cordeiro (EEIEF), em Valparaíso.
Para além dos espaços físicos com equipamentos novos e materiais de apoio para as escolas, o processo de formação junto aos educadores, terão o mesmo padrão de aprendizagem já reconhecido e aplicado pelo Instituto Brasil Solidário, em mais de 150 municípios do Brasil. As oficinas de rádio escolar, teatro de sombras e bonecos, educação ambiental, cidadania e educação política, fortalecimento comunitário, incentivo à leitura com propostas de organização das bibliotecas, programas de mediação de leitura, além de integração do artesanato e corte costura para confecção de materiais que construam espaços literários, tem como base todo o conceito do Programa de Desenvolvimento da Educação – PDE, do IBS, que vem conseguindo formar agentes multiplicadores em todo o Brasil.
As formações terão foco não só dentro das escolas: o projeto fará várias capacitações aberta a comunidade, entre elas, um curso básico de elétrica e também uma formação de guias para o Parque Nacional de Ubajara, agregando a proposta de Educação Ambiental, visitas educativas e de sensibilização nos espaços.
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Gabriela Martins – Assessora de Comunicação do Instituto Brasil Solidário
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